Os Estados Unidos são uma grande potência comercial — e esse é um fato que todos os países do mundo conhecem. Mas você sabia que a movimentação de indicadores americanos, como o índice S&P 500, podem afetar o comércio em diferentes nações, incluindo o Brasil?
Se você quer entender o motivo dessa dinâmica, é preciso aprender o que é o S&P 500, como funciona sua composição e outros dados relevantes. Com esse conhecimento, você terá mais informações para auxiliar em suas decisões de investimento, seja no Brasil ou no exterior.
Quer saber mais? Acompanhe este conteúdo e aprenda detalhes de um dos índices mais relevantes do mercado global.
Não perca!
O que é e como surgiu o S&P 500?
A sigla S&P 500 significa Standard & Poor’s 500. Trata-se de um índice do mercado norte-americano. Ele tem o objetivo de medir as oscilações das 500 principais ações das bolsas de valores estadunidenses.
Assim, sua carteira reúne os 500 papéis mais negociados na NYSE (New York Stock Exchange) e Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotations). Ambas estão entre as maiores e mais tradicionais bolsas de valores mundiais.
A sua origem remonta ao ano de 1923, quando a Standard Statistics Bureau elaborou um novo índice para acompanhar o desempenho de companhias norte-americanas. Na ocasião, ele era composto por 233 das maiores empresas dos Estados Unidos no período.
Já no ano de 1941, a Standard Statistics se fundiu com a Poor’s Publishing, tornando-se a Standard & Poor’s. Com a fusão, o índice passou a se chamar S&P e sua composição aumentou para 416 empresas.
Apenas no ano de 1957 que o índice foi estendido para contemplar 500 empresas, quando recebeu o nome S&P 500. Desde então, o S&P 500 se tornou o índice mais representativo do mercado acionário americano, tomando o lugar que era ocupado pelo Dow Jones 30.
Como funciona o S&P 500?
O S&P 500 tem um funcionamento que considera a capitalização de mercado das empresas, ao contrário do Dow Jones — pautado apenas no preço das ações.
Isso significa que a variação de um dólar na participação do S&P 500 de uma grande companhia, terá impacto maior do que o de uma empresa pequena. Ademais, para a composição dessa carteira teórica, existem algumas regras definidas pela própria Standard & Poor’s.
A empresa deve:
- manter operações nos Estados Unidos;
- ter, ao menos, 50% de ações disponíveis ao público;
- manter valor de mercado acima do mínimo permitido, ajustado periodicamente;
- ter papéis com uma cotação superior a 1 dólar;
- ter a valorização dos papéis nos quatro trimestres anteriores e no mais recente.
Com base nesses requisitos, são selecionadas as primeiras 500 empresas. O reajuste do índice é feito a cada 3 meses, por um comitê que se reúne para analisar e decidir quais serão as empresas incluídas e excluídas.
Os pontos do S&P 500 variam em tempo real, de acordo com a cotação dos papéis nas bolsas de valores. Além disso, cada empresa tem um peso diferente de influência no índice, de acordo com sua representatividade no mercado.
No site oficial do Standard & Poor’s, é possível acompanhar a pontuação atual do índice. Você também pode conferir a metodologia do cálculo, distribuição por setor econômico, composição mais recente, entre outras informações pertinentes.
Quais empresas fazem parte do índice S&P 500?
Após ter visto o que é, quando surgiu e como funciona o S&P 500, vale conhecer também algumas das empresas que fazem parte do índice.
Você aprendeu que a carteira teórica desse índice costuma ser alterada a cada 3 meses. Então, vale a pena revisitá-la periodicamente.
Na composição de dezembro de 2021, por exemplo, podiam ser encontradas ações das seguintes companhias:
- Apple;
- Microsoft;
- Amazon;
- Tesla;
- Alphabet A (Google);
- Alphabet C (Google);
- Nvidia;
- Meta Platforms (antigo Facebook);
- Berkshire Hathaway;
- JP Morgan Chase, e muitas outras;
S&P 500 x Ibovespa: quais as diferenças?
Como você viu, o S&P 500 abriga as maiores empresas do mundo como a Apple, Amazon, Tesla, Meta, entre outras. Assim, ele serve como um termômetro do mercado acionário mundial, principalmente porque espelha o cenário atual das duas maiores bolsas americanas.
Contudo, é possível que você ainda não tenha a dimensão dessa representatividade para o mercado. Assim, para efeito de comparação, podemos utilizar o maior e mais conhecido índice do mercado nacional: o Índice Bovespa (Ibovespa). Ele reúne as ações das companhias mais negociadas na bolsa brasileira.
Em outubro de 2021, o valor de mercado do Ibovespa era de R$ 3,8 trilhões de reais. Já a Microsoft, que integra o S&P 500, por sua vez, possuía um valor de cerca de US$ 2,4 trilhões.
Ou seja, uma única empresa do S&P 500 possui um valor de mercado quase três vezes maior do que todas as companhias que integram o Ibovespa — considerando a cotação do dólar em 2021.
Esse dado pode ajudar a entender as diferenças entre Ibovespa e o indicador norte-americano e os motivos pelos quais o S&P 500 tem relevância mundial.
Qual a importância desse indicador para o Brasil?
Ao chegar nesse ponto, você já viu a importância do S&P 500 no mundo. Porém, é comum ter dúvidas sobre sua influência no mercado brasileiro. Para entender o tema, lembre-se de que o S&P 500 utiliza uma metodologia de seleção das maiores empresas das bolsas NYSE e Nasdaq.
Ao mesmo tempo, elas representam 60% do índice ACWI (All Country World Index) — um índice que mede o mercado de renda variável no mundo. Portanto, as variações do S&P 500 não revelam somente o que acontece na economia norte-americana, mas o ânimo no mercado global.
Dessa forma, as oscilações do índice demonstram como o mercado acionário mundial se comporta, o que naturalmente reflete no mercado brasileiro. Assim, eventuais crises econômicas e o otimismo do mercado podem ser acompanhados com esse indicador.
Por isso, é importante tê-lo em seu radar, mesmo quando for realizar investimentos no Brasil. Afinal, a bolsa de valores brasileira (B3) também pode ser afetada pelo cenário internacional.
Além disso, lembre-se de que é possível investir no exterior sem sair do país. Assim, há como acessar inúmeras empresas do S&P 500 — por exemplo, via fundo de índice (ETF) ou BDR. Se esse for seu interesse, é mais um motivo para seguir acompanhando a movimentação do indicador norte-americano.
Conseguiu entender o que é o índice S&P 500 e sua importância no mercado brasileiro? Então avalie a possibilidade de observar o seu desempenho quando for montar sua carteira de investimentos ou operar na bolsa de valores.
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